Coluna Saúde da Mulher com Dra Carolina Valença – Vacinar é preciso!

Com a vacinação em alta contra a COVID-19, uma polêmica muito grande vem circulando sobre o benefício da vacinação. Pegamos os nossos filhos e “completamos” o cartão de vacinas na infância, adolescência, mas quando chega na idade adulta é um assunto esquecido, retomando apenas quando idosos, para tomar a “vacina de gripe” pelo chamado das campanhas de vacinação.

A primeira vacina surgiu no século XVIII, contra a varíola e conseguiu erradicar a infecção com sucesso. E, assim continuamos: a cada vacina nova, a esperança da erradicação de mais uma doença para a humanidade.
Uma coisa muito importante é que o cartão de vacina, nosso primeiro documento, seja guardado por toda vida. Sim, as mães devem repassar aos seus filhos, assim como fazem com o registo de nascimento. Muitas vacinas não precisam de reforço ao longo da vida, ou precisam apenas das doses de reforço, caso tenha a comprovação que o esquema inicial foi feito, sem precisar repeti-lo novamente. Por isso, levar o cartão de vacina quando for ao seu médico é muito importante.
As vacinas fazem parte do calendário vacinal da mulher em todas as fases de sua vida, devendo ser checado regularmente. Protegem de doenças como:
– Câncer e lesões pré-malignas de colo do útero, vagina, vulva, canal anal provocado pelos HPV 16 e 18 e de condilomas (verrugas) genitais causados pelo HPV 06 e 11;
– Hepatites A e B;
– Tétano, Difteria e Coqueluche;
– Sarampo, Rubéola e Caxumba;
– Dengue sorotipos 1, 2, 3 e 4;
– Gripe (causada pelos vírus Influenza);
– Febre-amarela;
– Varicela (Catapora);
– Pneumonias por Pneumococos;
– Meningites B/C/ACWY;
– Herpes Zoster;
– COVID-19.
Algumas das vacinas acima possuem características especiais de aplicação ou contraindicações em alérgicos a algum componente da vacina, gestantes, pessoas vivendo com HIV, portadores de câncer, transplantados e portadores de doenças respiratórias ou outras imunossupressões (pacientes com baixa defesa).
A vacina contra a COVID-19 tem se demonstrado segura e eficaz, inclusive tendo o seu uso liberado para pacientes gestantes.
As vacinas relatadas nesse texto estão conforme o calendário da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Algumas delas não são disponíveis nos SUS, mas podem ser adquiridas nas clínicas privadas de vacinação, com a prescrição médica.

Dra. Maria Carolina Valença
CREMEPE 14358 – RQE 4803
*Declaro não haver conflito de interesses com a indústria farmacêutica ou comercialização de vacinas.
*Médica Ginecologista e Obstetra, Mestre em Tocoginecologia (FCM/UPE), Preceptora de ensino do CISAM/UPE e CAM/IMIP
Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/6239880783908739
Instragram @dracarolvalenca