Casa Museu Ema Klabin promove nova exposição sobre arqueologia de São Paulo - Blog Ana Cláudia Thorpe
Notícias

Casa Museu Ema Klabin promove nova exposição sobre arqueologia de São Paulo

Revelando um território ocupado há cerca de 4 mil anos, muito antes da fundação da vila colonial, a Casa Museu Ema Klabin apresenta uma exposição sobre arqueologia da cidade de São Paulo, disponível para visitação até 29 de Março de 2026.

Foto: Divulgação/Casa Museu Ema Klabin

Nomeada como “Quando São Paulo era Piratininga: Arqueologia Paulistana”, esta exposição destaca quando a cidade de São Paulo foi Piratininga, nome tupi que significava “peixe a secar”, referência às várzeas dos rios que, após as cheias, deixavam os peixes expostos ao Sol, sendo um território ancestral anterior à chegada dos europeus. 

Foto: Divulgação/Casa Museu Ema Klabin

Com curadoria do arquiteto e curador da Casa Museu Ema Klabin, Paulo de Freitas Costa, e da doutora em Arqueologia Paula Nishida, a partir de pesquisas arqueológicas realizadas em diferentes regiões da capital, o visitante é conduzido por um percurso que combina ciência, história e imaginação para compreender a profunda relação entre os primeiros habitantes e a paisagem que hoje abriga a maior cidade do país.

Foto: Divulgação/Casa Museu Ema Klabin

O município de São Paulo reúne cerca de 90 sítios arqueológicos já identificados. Desses, oito foram selecionados para compor esta exposição, representando marcos fundamentais na formação do território paulistano. Também contará com registros fotográficos e cartográficos de todas essas descobertas, além de reproduções de artefatos encontrados, que perfazem um arco temporal de cerca de 3.800 anos antes do presente (c. 1.850 a.C.) até o século XIX.  Entre as 20 peças de pedra lascada reproduzidas por arqueólogos, 11 poderão ser manuseadas pelo público, proporcionando uma experiência sensorial e interativa do trabalho arqueológico. Parte dessas reproduções foi ainda digitalizada e impressa em tecnologia 3D, especialmente para a mostra, permitindo uma compreensão mais imersiva da arte e da sofisticação das antigas comunidades indígenas brasileiras.

Foto: Divulgação/Casa Museu Ema Klabin

Em sua parte final, intitulada “Os Ares de Piratininga”, o visitante será convidado a refletir sobre as transformações climáticas e ambientais pelas quais a região passou ao longo dos séculos. A partir de amostras de solo e sedimentos coletados em 1997, um estudo revelou uma paisagem radicalmente distinta da atual, um retrato do passado natural que ajuda a compreender a evolução do território.