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Coluna Saúde Feminina: Seu Maior Luxo com Dra. Larissa Cabral – Vitamina D: quando, como e para quem?
A história da vitamina D começa em 1916, quando Harry Steenbock descobriu que o sol poderia curar o raquitismo. Trata-se, na verdade, de um pró-hormônio, ou seja, uma substância que o corpo pode converter em um hormônio ativo na pele através da exposição solar.
Foto: Divulgação
Nos últimos anos, a Vitamina D tem sido protagonista em diversas discussões médicas e científicas. Fundamental para o equilíbrio do organismo, ela desempenha um papel essencial na saúde óssea, no sistema imunológico e até na prevenção de doenças crônicas. Algumas evidências mostraram associações de baixos níveis de vitamina D com risco aumentado de uma variedade de distúrbios comuns, incluindo doenças musculoesqueléticas, metabólicas, cardiovasculares, malignas, autoimunes e infecciosas. No entanto, não há ainda um consenso de que a suplementação de rotina traga um benefício comprovado em pessoas saudáveis.
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A principal fonte de Vitamina D é a exposição solar. Quando a pele entra em contato com a luz do sol, especialmente os raios UVB, o organismo inicia um processo natural de síntese dessa substância. No entanto, fatores como o uso excessivo de protetor solar, pouca exposição ao sol, envelhecimento e até a poluição podem comprometer essa produção natural. Com a tendência de cada vez menos exposição solar, a substância produzida naturalmente pelo organismo teria atingido níveis deficitários em massa, o que justificou dosagens e suplementação sistemáticas. Além disso, a ingestão diária necessária nem sempre é alcançada apenas com a alimentação, motivo pelo qual, em muitos casos, a suplementação pode ser recomendada.
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Sim, muita gente se beneficia da suplementação, mas repor vitamina D não é algo indicado a todo mundo. Para orientar a conduta de médicos e profissionais de saúde, a Endocrine Society, entidade que representa a classe da endocrinologia internacionalmente, atualizou em 2024 as recomendações da dosagem e suplementação de vitamina D.
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Uma dessas recomendações é a ingesta de alimentos ricos em vitamina D como peixes (salmão, sardinha), ovos e laticínios (uma ingesta diária de 600 UI é considerada adequada). Mulheres saudáveis entre 18 a 74 anos não precisam dosar e suplementar vitamina D de rotina. Grupos especiais como pré-diabéticas apresentam benefício com a suplementação com o objetivo de evitar a evolução da doença.
Segundo as novas recomendações, doses diárias são preferíveis a doses maiores ingeridas de uma única vez. E o nível considerados suficiente ainda carece de opinião consensual. Então, como sempre terminamos nossa coluna com boas dicas para a saúde, a de hoje é sobre adotar um estilo de vida saudável com dieta equilibrada, prática de atividade física e aqui eu ressalto a importância de fazê-la pelo menos durante 15 minutos ao ar livre. Lembre-se que suplementos e medicamentos são muito bem-vindos, porém desde que você precise deles.
SERVIÇO
Dra. Larissa Cabral
Médica Mastologista
CRM – 18688 PE
RQE- 8043
Clínicas: Real Instituto de Mastologia e Clínica Thereza Pacheco
Telefones: (81) 99109-0296
* O Blog Ana Cláudia Thorpe se isenta de qualquer responsabilidade pelo conteúdo do texto, fotos, cabendo esta, de modo exclusivo, ao Colunista.
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