Firgun espera movimentar R$ 1 milhão em 150 projetos
Expectativa é que a meta seja cumprida até março de 2020
Após o aumento dos limites nas operações de microcrédito pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o limite dos empréstimos subiu de R$ 15 mil para R$ 21 mil. Com a mudança, a Firgun, plataforma de investimentos coletivos, quer atender a 150 projetos e movimentar R$ 1 milhão.
A partir de agora, empreendedores com renda ou receita bruta de até R$ 200 mil por ano podem recorrer ao microcrédito, enquanto o limite anterior era de R$ 120 mil. “As pessoas poderão pegar um crédito maior, isso é vantajoso para a plataforma. Enquanto isso, estamos estudando novas maneiras de captação, envolvendo o desenvolvimento de um fundo filantrópico próprio e o acesso do Depósito Interfinanceiro vinculado a operações de microfinanças (DIM), através de uma parceira na qual a Firgun se tornará correspondente bancário”, comenta o fundador da fintech Fábio Takara.
Lemuel Simis, co-fundador da empresa, esclarece que o aumento do teto de endividamento para R$ 80 mil, não é uma preocupação, já que a empresa possui um método criterioso para liberar o crédito através da plataforma. Inclusive, salienta que manterão seu processo de análise de risco e projetos normalmente.
Funciona de forma básica: após analisar o faturamento das empresas, a Firgun libera acesso a crédito de modo que as parcelas a serem pagas representam no máximo 15%” da renda média familiar mensal do tomador, de acordo com Lemuel, isso é decidido levando em conta a riqueza de dados enviados pelo tomador.
“Conosco o tomador precisa quitar um empréstimo para fazer outro, então o risco já é menor. O microcrédito, por exemplo, tem as menores taxas de inadimplência. Na Firgun esse número chega a 0,8% enquanto a média geral brasileira fica em 5,6% segundo pesquisa do Banco Central”, explica Lemuel.
A expectativa da fintech é de atender a 150 projetos até o fim deste ano e de movimentar R$ 1 milhão em crédito até março de 2020. “O modelo de negócios permanece sendo peer to peer e estamos estudando outras possibilidades de fontes de financiamento”, finalizam.