Setembro amarelo: Mês dedicado à luta pela prevenção ao suicídio - Blog Ana Cláudia Thorpe
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Setembro amarelo: Mês dedicado à luta pela prevenção ao suicídio

O Centro de Valorização da Vida funciona como centro de apoio emocional e prevenção do suicídio de forma gratuita. Foto: Divulgação

Depressão, ansiedade, oscilação de humor e desespero são alguns dos comportamentos que cercam uma pessoa que pensa em cometer suicídio. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos e a cada ano cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida no mundo. Pensando em conscientizar e ajudar a população, o Centro de Valorização da Vida (CVV) junto com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) criaram a campanha do Setembro Amarelo.

Falar em suicídio é chamar a atenção para uma questão de saúde pública. Por isso, desde 2015, o mês de setembro é dedicado à prevenção e a discussão de medidas saudáveis para debater o tema, com o intuito de quebrar o tabu.

É preciso esclarecer, conscientizar e estimular o diálogo, além de dar mais visibilidade ao assunto. “Um evento como o Setembro Amarelo chama temporariamente a atenção da sociedade sobre determinados adoecimentos e é importante na medida de si mesmo. Abre um período de reflexão e atenção sobre o tema do suicídio, entre outros, além de propor, neste deserto de prazer sem compromissos, um mês de oásis e reflexão”, explica o psicólogo Sérgio Bolzan.

Familiares e amigos são fatores importantes para tentar evitar o número de casos. “As pessoas mais próximas também podem ajudar levando a profissionais como psicólogo e psiquiatra, que conseguem trabalhar muito bem com medicação e terapia, para rever o comportamento e deixar a pessoa mais tranquila”, comenta o psicólogo Fred Teixeira. 

De acordo com a pesquisa Depressão, suicídio e tabu no Brasil: um novo olhar sobre a Saúde Mental, realizada pelo Ibope Conecta, os jovens brasileiros sabem pouco sobre a depressão, sentem vergonha de falar sobre o assunto e não entendem a importância do tratamento. Além disso, para 26% dos entrevistados, de 18 a 24 anos, a depressão é uma “doença da alma” e quase um terço deles (29%) não acredita em um tratamento para a depressão.

Vale lembrar que não se deve fazer julgamentos prévios e que é mais importante ouvir o outro do que falar. Além disso, nunca minimize, desvalorize, compare, rotule, abandone, incentive ou desafie a pessoa que cogitou suicídio. Mas sempre ofereça ajuda.

Centro de Valorização da Vida

O CVV funciona durante todo o ano como centro de apoio emocional e prevenção do suicídio de forma gratuita e voluntária. Os atendimentos podem ser feitos por telefone ou pela internet, 24 horas por dia, de forma sigilosa.

Telefone:  188

Site do CVV via chat