Coluna Fique em dia com a Medicina com Dra Maria Carolina Valença - Mulheres e infecção urinária na Pandemia da COVID-19 - Blog Ana Cláudia Thorpe
Coluna

Coluna Fique em dia com a Medicina com Dra Maria Carolina Valença – Mulheres e infecção urinária na Pandemia da COVID-19

O fato de trabalharmos o dia todo com máscaras e não poder tirá-las a todo momento, faz com que não tenhamos acesso tão fácil a fazer uma coisa tão simples: beber água. Para não nos contaminarmos, há todo um processo para esse simples gesto: limpar as mãos – tirar as máscaras – limpar as mãos – beber água – limpar as mãos – colocar as máscaras: um verdadeiro ritual!

A água é fundamental para o organismo. Todas as nossas funções metabólicas precisam da água para funcionar corretamente e não ocorrer a desidratação.

Com isso, temos “a faca e o queijo na mão” para o aumento dos casos de infecções urinárias nas mulheres, que já sofrem mais que os homens com essas mazelas.

As infecções da bexiga (conhecidas como cistites) são mais comuns do que as infecções renais (pielonefrites). Os sintomas mais comuns da cistite são: dor ou sensação de queimação ao urinar, necessidade de urinar frequentemente, de repente ou com pressa e/ou sangue na urina. Os sintomas de uma pielonefrite podem incluir, além dos citados, febre, dor nas costas, náuseas ou vômitos.

Para você focar na sua saúde e prevenção de infecções urinárias seguem algumas orientações:

  • Beba mais líquidos, especialmente água: a quantidade de água a ser ingerida por nós varia de 2 a 3 litros por dia; a necessidade individual pode variar de acordo com o peso, atividades diárias ou realização de atividades físicas, por exemplo;
  • Ande com sua garrafinha de água; e, se for em ambiente seguro, sempre aceite água quando alguém oferecer;
  • Vá ao banheiro sempre que tiver vontade: não prenda a urina;
  • Fazer a higiene íntima sempre da frente para trás, ou seja, no sentido da vagina para o ânus;
  • Urinar antes e após as relações sexuais;
  • Lavagem sempre da região genital após a relação sexual;
  • Mulheres na menopausa têm a uretra mais aberta: o uso de cremes vaginais com hormônios ou tratamentos para ressecamento vaginal como laser e radiofrequência podem ajudar;
  • Os estudos sugerindo que os produtos com Cranberry (um tipo de fruta) previnem infecções da bexiga não indicam que a substância possa prevenir infeções.

 

Se você tem alguma dúvida, procure sempre o seu médico. Será a melhor pessoa a te ajudar. Cuidem-se!

 

Dra. Maria Carolina Valença*

CREMEPE 14358 – RQE 4803

*Médica Ginecologista e obstetra, Mestre em Tocoginecologia (FCM/UPE), Preceptora de ensino do CISAM/UPE e CAM/IMIP

Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/6239880783908739

Contato: @dracarolvalenca