Coluna Saúde da Mulher com Dra Carolina Valença - Qual a diferença entre hidratante e lubrificante vaginal? - Blog Ana Cláudia Thorpe
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Coluna Saúde da Mulher com Dra Carolina Valença – Qual a diferença entre hidratante e lubrificante vaginal?

Há relatos de que desde o antigo Egito que os casais procuram alternativas para facilitar e melhorar a atividade sexual, burlando as dificuldades para que o momento de prazer seja pleno. O primeiro produto industrializado para tal fim foi lançado nos Estados Unidos em 1905, sendo sempre aperfeiçoado e até hoje no mercado.  O deslizar de forma livre durante o ato sexual é essencial para que ambos na relação sexual sintam-se confortáveis.

Para a mulher, o ressecamento vaginal uma hora irá chegar com a idade, no climatério e após a menopausa. Em outras situações, como baixa de estímulo durante as “preliminares”, uso de algumas medicações que diminuem a lubrificação (como a isotretinoína), no pós-parto, pacientes em quimioterapia ou submetidas a radioterapia a dificuldade existe. É sempre uma situação mais sofrida para a mulher.

As primeiras alternativas para melhorar a situação são as que estão disponíveis para livre compra nos balcões das farmácias, os hidratantes e os lubrificantes. Mas, quando usar cada um?

O lubrificante tem a função de melhorar a fricção, melhorando o deslizamento, diminuindo o desconforto e a ocorrência de traumas decorrentes do ato sexual. Ele não tem ação de hidratação da mucosa vaginal ou melhora do epitélio. Pode ser a base de água, silicone ou óleos. São aliados também quando precisamos de lubrificação para exames ginecológicos, para facilitação da introdução de objetos ou aparelhos. Devemos ter cuidado com pacientes que desejam engravidar, pois, podem alterar a motilidade e a vitalidade dos espermatozoides e durante o uso do preservativo. Alguns, a base de óleo, podem reagir com o látex favorecendo o rompimento da proteção.

Os hidratantes vaginais são compostos a base de ácido hialurônico. Essa substância a longo prazo consegue hidratar a mucosa, melhorando o colágeno subjacente e consequentemente melhorando a elasticidade e lubrificação da mucosa vaginal. Para se ter o efeito desejado, tem que fazer uso contínuo e prolongado da substância. Consegue-se resolver a maior parte dos casos de ressecamento leves e até moderados.

Em casos mais graves o uso de hormônios orais, vaginais, tratamentos a ‘laser’ e radiofrequência fracionada estão indicados. Para isso é necessária a avaliação médica adequada. Consulte regularmente o seu ginecologista!

 

Dra. Maria Carolina Valença* CREMEPE 14358 – RQE 4803

*Médica Ginecologista e Obstetra, Mestre em Tocoginecologia (FCM/UPE)

Título de Qualificação em Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia e em Infecções Sexualmente Transmissíveis

Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/6239880783908739

Instagram: @dracarolvalenca