Primeira pousada da aldeia Xandó é um refúgio em acomodações a poucos passos do mar
Um quarteto de mulheres indígenas recebe o público no Nuhatê, refúgio em Caraíva ideal para renovar as energias na primeira pousada da aldeia Xandó, que segue o conceito “casa-hotel”. O refúgio tem acomodações a poucos passos do mar, traduzindo bem o sentimento deixado por quem desfruta das maravilhas da comunidade baiana fixada em Porto Seguro. A Nuhatê dispõe de um coqueiral no gramado de 1,3 mil metros quadrados. O endereço integra dois bangalôs.
Entre as praias que cercam a cidade, a de Caraíva se destaca por ter a primeira pousada, com o conceito “casa-hotel”, da aldeia Xandó. Batizada de Nuhatê Casa Hotel, a hospedagem está sob o comando de Leandro Mazzini e Lorruama Ferreira Mazzini. E as acomodações a poucos passos do mar estão entre os atrativos do Nuhatê, que proporciona experiências incríveis na estadia de aura indígena pautada na união do conceito de “exclusividade, privacidade e conforto”.
Considerada pelo proprietário como a região de Caribe baiano, a pousada está à disposição para quem almeja fugir da “muvuca” de Caraíva ou gosta da badalação da região, mas opta por descansar em um reduto sossegado em Bangalôs bem ambientado, que trazer a sensação de calmaria. O Vista, por exemplo, é um quarto projetado pela arquiteta Marina Grobério, de Trancoso. Denominado de Raiz, o segundo bangalô é, na verdade, uma casa.
Parece sonho, mas a cama do ambiente está posicionada para a praia. Inclusive, apreciar o pôr do sol deitado no mobiliário conquista os visitantes e lidera o rol de experiências marcantes. “Nosso espaço é intimista”, explica Leandro. Nos planos do casal à frente da Nuhatê, está construir mais três bangalôs, cada um com piscina de hidromassagem privada e varanda com vista para o mar.
Quando na Nuhatê, o hóspede curte uma experiência relaxante completa. No jardim, há ofurô, champanheiras, pergolados, redário, fogueira, mesa de massagem, deck na areia, mesa gourmet e amenities. A maré baixa deixa o mar com piscinas naturais. O reduto onde fica a pousada com conceito “casa-hotel” oferece uma “gama de experiências maravilhosas”, entre elas, praticar stand up paddle. “Dá para fazer uma saída de lancha para a praia do Satu ou do Espelho. Nós preparamos tudo. Também tem o passeio de caiaque pelo rio Caraíva e de buggy pela praia da aldeia Porto do Boi até Corumbau [reserva extrativista marinha]”, lista o empresário.
De acordo com ele, a ideia de criar a pousada em meio a um ambiente indígena não surgiu do dia para a noite. Baiana nascida em Coroa Vermelha, Lorruama é de origem pataxó. Os pais dela são índios, enquanto os avós e bisavós nasceram em Barra Velha, onde fica a aldeia-mãe da etnia. Na avaliação do proprietário, o hóspede não quer apenas uma boa acomodação, mas sim programas inesquecíveis. Por isso, a experiência envolve conhecer a aldeia, conversar com os índios e conhecer a história do povo.
Os índios contam a respeito da cultura e orquestram ritos, além de deixar claro o quão importante são as visitas no território por contribuir com a manutenção do ambiente. Os turistas participam de rituais, têm a pele pintada e, claro, apreciam delícias da etnia, como peixe e banana assados com farinha. Pode-se assim deliciar os quitutes do café da manhã da Nuhatê Casa Hotel que trazem uma “pitada” da culinária indígena, a partir de receitas que são elaboradas por índias colaboradoras. As mulheres preparam bolos, biscoitos e pães que agradam os mais diversos paladares.
A pousada está distante a 1,5 quilômetro da Igrejinha, localizada no coração de Caraíva. Da Nuhatê, o visitante consegue ir a pé para os beach bares do refúgio paradisíaco. Leandro e Lorruama recomendam o almoço do Xoxa, na praia de Barra Vermelha, ou do Coral e da Oca, na praia de Caraíva. Pela praia, os restaurantes ficam a menos de 300 metros do endereço idealizado pelo casal.