Coluna Identidade de Estilo com Roberta Megda - A vez da Moda Circular - Blog Ana Cláudia Thorpe
Coluna

Coluna Identidade de Estilo com Roberta Megda – A vez da Moda Circular

Brechós não são nenhuma novidade do mundo contemporâneo, existem há muitos e muitos anos, mas hoje têm importância significativa. 

No Brasil, o inicio dos brechós deu-se no século XIX, por um comerciante português, segundo Houaiss, intelectual brasileiro. 

Hoje o Conceito é de Moda Circular, um novo nome, porém o mesmo costume, mas com novas razões de ser: uma vez que a indústria da moda é hoje uma das mais poluentes do mundo. Atualizar o conceito de reuso, para uma economia e desenvolvimento sustentável e consumo consciente são premissas básicas deste conceito. Hoje, amplamente difundido.

Embora difundida esteja a Moda Circular em forma de brechó é necessário reiterar que os brechós sempre estiveram presentes nas periferias brasileiras. Para parte da população, em especial a brasileira, ela é uma grande novidade, que explica o boom dos brechós de luxo.

Os brechós cresceram de forma exponencial, dos mais simples aos mais luxuosos, e atingiu uma parcela da população que antes tinha preconceito de usar algo que não era novo, recém saído da loja, sem dono anterior. Permitiu também que a classe média tivesse acesso a itens de luxo a um preço mais acessível e em bom estado de conservação. 

Reflexo de economia e comportamento social, a moda reflete a realidade de quem despertou para uma nova forma de consumo, deseja itens de luxo mas não pode pagar rios de dinheiro à vista numa loja de grife e antes não possuía acesso a tais itens. O parcelamento é reflexo de uma realidade e costume brasileiros especificamente, que intensificou ainda mais essa forma de consumo.

Produtos second hand (de segunda mão, no bom português) virou algo comum, rotineiro. E levanta um ponto importante da economia: além de poder consumir, o cliente pode desapegar de itens com mais facilidade e agilidade, sem burocracia, ao invés de simplesmente descartar ou doar o item que não mais deseja, vendendo-os. Afinal, quem não tem itens de roupa paradas no armário? 

 

Roberta Mégda
Consultora de Imagem | Estilo e Moda
Instagram: @robertamegda