Que tal curtir umas férias de golfe, na África do Sul - Blog Ana Cláudia Thorpe
Matérias

Que tal curtir umas férias de golfe, na África do Sul

A África do Sul coleciona títulos de golfe e excelentes opções de vinhos, configurando-se como a segunda potência mundial de golfe, com 440 campos, e ainda coleciona excelentes opções de vinhos. Extrair grande prazer no golfe é como lograr o máximo proveito de um bom vinho e depende fundamentalmente de sensibilidade e conhecimento. Como o vinho, o golfe é salutar na medida apropriada. Apreciar um bom vinho e jogar uma boa partida de golfe são uma viagem diferenciada para quem vem ao país, normalmente conhecido pelas suas incursões de safári.

Esta viagem pode ser feita a partir da estação ferroviária da Cidade do Cabo, forrada de tapetes persas e confortáveis sofás, para a jornada de 1.300 km e 25 horas a bordo de um dos mais fantásticos trens do mundo, o Blue Train. Nessa jornada é difícil escolher um campo de golfe na África do Sul, pelo excesso de opções, pois o país conta com 440 campos, ou seja, mais de quatro vezes o número de campos do Brasil e com quase 10 vezes mais praticantes. Possivelmente, o campo de golfe mais famoso na África do Sul seja o Gary Player Country Club, em Sun City.

Nesse campo disputam-se grandes torneios, como o torneio por convite, com prêmio de US$ 1 milhão ao vencedor. Fica perto do hotel de seis estrelas do continente africano. O Durban Country Club é visita obrigatória para o turista de golfe. A África do Sul é, depois dos Estados Unidos, a potência mundial de golfe. Ernie Els é o terceiro do ranking mundial; Retief Goosen já venceu o U.S. Open e Gary Player é uma das grandes lendas do golfe mundial.

Pela sua importância, o golfe sul-africano desenvolve um dos grandes circuitos, o Sun Circuit, onde o gaúcho Adilson da Silva fez algumas boas aparições. O golfe na África do Sul teve uma grande importância como ponte racial durante a dura época do Apartheid. Como era proibido o ingresso de negros nas sedes de clubes de brancos, os clubes de golfe decidiram realizar as cerimônias de premiação nos campos. Assim os poucos, porém bons, golfistas negros sul-africanos puderam participar em pé de igualdade com os brancos.

O herói de todos os golfistas negros sulafricanos é Simon Cox Hlapho que, por volta de 1950, chegou aos primeiros níveis. Nascido em Kwa Zulu-Natal, Hlapho era motorista de ônibus pela manhã e grande à tarde. Na África do Sul atual, o golfe passou a ser uma poderosa ferramenta de integração social. Existe um compromisso para que os clubes abram suas portas, especialmente no meio da semana, para que jovens e pessoas com menos recursos financeiros o pratiquem. A principal recomendação para os golfistas brasileiros que viajam à África do Sul é fazer contatos com as numerosas agências de turismo especializadas em viagens de golfe sul-africanas, que negociam os green fees, contratam caddies e carrinhos.

O Durban Country Club, que existe há 90 anos, possui dois campos no pulsante centro costeiro de Durban. A vegetação luxuriante e as dunas costeiras caracterizam estes desafiadores percursos semi-links, que não são recomendados para iniciantes. Os vários níveis de elevação proporcionam vistas espetaculares do estuário da Lagoa Azul e do Oceano Índico em todo o seu esplendor esmeralda. O 3º buraco par-cinco tem fama de ser um dos melhores do mundo.

Os bunkers exigentes, as fortes rajadas do mar e as árvores altas e maduras proporcionam provas absorventes até para os jogadores de golfe mais habilidosos. O Durban Country Club se destaca como o único campo no continente a ser classificado entre os 100 melhores campos de golfe do mundo pela Golf Magazine USA e atualmente classificado entre os 11 melhores pela Golf Digest SA. Já sediou o Aberto da África do Sul dezessete vezes – mais do que qualquer clube do país.

A sede do clube Durban Country Club é um palácio branco majestoso do Cabo, construído em 1924 pelos arquitetos Wallace Paton e WG Moffat. A sede do clube é cercada por gramados bem cuidados, uma piscina azul iridescente, comodidades do clube e, naturalmente, o campo de golfe internacionalmente aclamado. O clube se estabeleceu como um marco ao longo do que é conhecido como a “milha dourada” de Durban – o trecho mais popular da orla marítima da cidade.

Uma excursão de golfe em KwaZulu-Natal normalmente seria incompleta sem aproveitar os espólios à beira-mar das cidades turísticas da Costa Norte, como Umhlanga e Ballito. Os visitantes podem desfrutar de uma variedade de atividades, desde nadar nas águas quentes do Oceano Índico até cruzeiros com golfinhos ou excursões com o Natal Sharks Board.