Conheça as bases do Blues em Chicago
Ao visitar Chicago, EUA, talvez apenas os grandes fãs dos Rolling Stones prestem atenção à 2120 South Michigan Avenue. O local, que leva o nome de uma música de uma banda de rock britânica, é a sede da Chess Records, a mais famosa gravadora de blues de todos os tempos. Atualmente em processo de restauração com o objetivo de voltar a ter grandes artistas, o ateliê que funcionava em outros prédios da região também está aberto à visitação. Este espaço é agora a sede da Blues Heaven Foundation de Willie Dixon, uma fundação estabelecida pela viúva do artista para perpetuar a memória de um dos baixistas mais famosos de todos os tempos.
O passeio, que custa US$ 15, é conduzido por um guia que usa um smartphone e uma caixa de som sem fio para contar a história do lugar ao som dos grandes nomes gravados ali. O xadrez começou sua jornada em meados da década de 1950, quando a Grande Depressão americana obrigou muitos imigrantes do sul dos Estados Unidos a buscar uma vida melhor no Norte. Na bagagem, eles carregavam instrumentos e um soul blues que já havia prosperado na melancolia dos subúrbios do Mississippi, mas explodiu em Illinois quando amplificado com amplificadores e guitarras elétricas. Assim nasceu o que ficou conhecido como Chicago Blues.
Pensando nesse movimento, os irmãos poloneses Phil e Leonard Chess abriram as portas de seu estúdio na zona sul da Michigan Ave para artistas que se apresentavam em clubes locais. Com o tempo, Willie Dixon foi convidado para se tornar um dos produtores de Chess, e seus amigos começaram a chegar. Bo Diddley, Howlin’Wolf, Koko Taylor, Muddy Waters, Buddy Guy, Jerry Lee Lewis, Chuck Berry, Albert King e Etta James são alguns dos nomes que gravaram no mais famoso estúdio de blues do mundo. Os Rolling Stones também apareceram por lá – o primeiro sucesso internacional do grupo inglês It’s All Over Now e uma versão pioneira do icônico (I Can’t Get No) Satisfaction. Para se ter uma ideia da importância da Chess Records, o guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards, classificou o local como “terra sagrada” em sua biografia.
Os visitantes da fundação hoje encontrarão um local simples com instrumentos musicais, discos e roupas históricas usadas por alguns dos artistas. O ponto alto do passeio, que dura cerca de uma hora, vem ao final, quando você entra no estúdio com instrumentos usados pelos grandes nomes do blues que passaram pelo camarote. Alguns deles têm quadros enormes na parede, como Dixon, Waters e Guy, o que cria uma atmosfera especial e faz todos suspirarem ao fecharem os olhos e ouvirem Etta James cantando os versos de At Last gravados ali para sempre.
Há uma lista de reprodução completa da Chess Records que gira durante a turnê da Chess Records. As músicas foram gravadas em estúdio ou inspiraram os artistas. Porém, quem quiser conhecer um pouco mais da história da casa também pode assistir ao filme Cadillac Records, lançado em 2008. Agora, se você está em Chicago e quer ouvir um bom blues de Chicago, existem passeios inspirados no Chess tour, onde você provavelmente vai querer curtir um pouco do melhor blues de Chicago a caminho da Windy City.
Existem muitos clubes especializados neste gênero que valem a pena visitar, especialmente Rosa’s Lounge, Kingston Mines, Buddy Guy’s Legends e o Green Mill Cocktail Lounge (este último frequentado por Al Capone e sua turma). Uma boa forma de economizar nos ingressos para as atrações de Chicago, caso você visite pelo menos cinco delas, é comprando um Chicago CityPASS, conforme mencionado acima. O ingresso, que custa US$ 13 para adultos e US$ 10 para crianças de 3 a 11 anos, dá acesso ao Shedd Aquarium e ao Skydeck Chicago, além de outras três atrações: o Field Museum, o Art Institute of Chicago e o Museum of Science and Industry.