Exposição “Lugar de Estar” no MAM Rio revisita o legado visionário de Burle Marx
No último sábado, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) inaugurou a exposição “Lugar de Estar: o legado Burle Marx”, que propõe uma revisão do legado do renomado paisagista brasileiro Roberto Burle Marx. Reconhecido como um dos grandes nomes do modernismo brasileiro, Burle Marx deixou um impacto significativo não apenas na arquitetura paisagística, mas também em questões como o direito à cidade, ativismo ambiental, sociabilidade nos espaços públicos e a valorização das espécies botânicas como patrimônio.
Com cerca de 100 itens, entre estudos, croquis, desenhos e fotografias, a exposição destaca 22 projetos do artista, incluindo trabalhos realizados em locais como Paraíba, Brasília e, é claro, no Rio de Janeiro. O MAM, inserido no grandioso projeto do Parque do Flamengo, concebido por Burle Marx, serve como o próprio museu é uma manifestação da visão do paisagista, e a exposição utiliza esse contexto para explorar a ideia de sociabilidade no parque, a construção da vegetação e a concepção de uma cidade mais elaborada.
A curadoria, liderada por Beatriz Lemos em colaboração com Isabela Ono e Pablo Lafuente, destaca a importância de revisitar o legado de Burle Marx não apenas como um olhar retrospectivo, mas como uma reflexão crítica sobre a relevância de suas ideias para os desafios contemporâneos. A exposição não se limita à obra do paisagista, pois incorpora obras de artistas contemporâneos, como João Modé, Luiz Zerbini, Maria Laet, Mario Lopes, Rosana Paulino e Yacunã Tuxá, que contribuem para um diálogo enriquecedor com a visão de Burle Marx.
O evento visa não apenas celebrar a contribuição do artista, mas também lançar luz sobre as questões que permeiam sua obra, como o ativismo ambiental e a sociabilidade nos espaços urbanos. A exposição “Lugar de Estar: o legado Burle Marx” estará aberta ao público até 26 de maio, de quarta a domingo, das 10h às 18h, no MAM, localizado na Av. Infante Dom Henrique 85, Parque do Flamengo. A entrada é gratuita, com a sugestão de uma contribuição de R$ 20. Uma oportunidade imperdível para mergulhar na genialidade e na visão vanguardista de Roberto Burle Marx, enquanto se explora a interseção entre arte, paisagem e sociedade.
