Coluna Saúde Feminina: Seu Maior Luxo com Dra. Larissa Cabral – Reposição hormonal: por que esses hormônios podem ser um grande aliado da nossa saúde?

Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de climatério traçou um perfil da nossa população feminina na menopausa. A mulher brasileira entra na menopausa, em média, aos 48 anos de idade e o início da transição e a irregularidade menstrual começam aos 46 anos. A presença dos sintomas característicos dessa fase (entre eles, as ondas de calor) foi relatada por 87% das 1500 mulheres entrevistadas. No entanto, entre as mulheres com sintomas, apenas 22% fizera terapia de reposição hormonal. Mas será que menopausa significa viver com menos qualidade de vida? Envelhecer é realmente padecer no paraíso?

Foto: Divulgação

A terapêutica hormonal (TH) é o tratamento mais efetivo para sintomas da peri e pós-menopausa. Está indicada para tratamento das ondas de calor, prevenção da osteoporose e tratamento de sintomas de ressecamento vaginal e auxiliam na melhora da insônia, ansiedade e alterações de humor que surgem nessa fase. Esses sintomas ocorrem pela privação do estrogênio produzido pelos ovários.

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No estudo os motivos para as mulheres não realizarem o tratamento hormonal, foram o receio de tomar hormônios (33%), o preço do medicamento (31%) e o medo de desenvolver um câncer (26%), principalmente câncer de mama.
Em 2002 tivemos a publicação de um importante estudo norte-americano chamado WHI que mostrou uma associação do uso de reposição hormonal com o aumento do risco para câncer de mama.

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Nesse estudo as pacientes usavam dois tipos de hormônios quase não mais utilizados atualmente nos tratamentos prescritos. Passaram-se 23 anos e as coisas mudaram, hoje temos dosagens hormonais diferentes, vias de administração diferentes e que podem ser adaptadas para cada paciente. Ou seja, para cada mulher existe um tratamento individualizado.

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As atualizações desse mesmo estudo mostram maior associação quando a terapia hormonal é feita com progesterona e estrogênio combinados. No entanto, com as novas formulações disponíveis, baixas doses e vias de administração, esse risco é minimizado. Além disso, a melhora do rastreamento do câncer de mama, com mais vigilância nas mamas que aumentam a densidade após o uso da terapia hormonal, podem aumentar a segurança da saúde das mamas.
Portanto, podemos sim viver com qualidade de vida no processo de envelhecimento. O cuidado com a saúde é fundamental, mas o bem-estar também!

SERVIÇO

Dra. Larissa Cabral
Médica Mastologista
CRM – 18688 PE
RQE- 8043
Clínicas: Real Instituto de Mastologia e Clínica Thereza Pacheco
Telefones: (81) 99109-0296