Leilão beneficente acontece nesta quarta-feira (19) em prol da reabertura do Teatro Valdemar de Oliveira
Criado pelo ator Valdemar de Oliveira, o Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP) com 80 anos em plena vitalidade artística. Com as restrições da pandemia, no entanto, o grupo mais antigo em atividade no País lança campanha para conseguir manter-se na ativa e se consagra como a mais antiga trupe ainda em atividade no País.
Foto: TAP
Em parceria com a galeria Arte Maior, o TAP realizará um leilão beneficente para financiar a reabertura de suas atividades. Na quarta-feira (19), às 19h, será possível adquirir obras de arte doadas por artistas plásticos renomados, fotos raras e outros objetos atráves do leilão virtual promovido pela Arte Maior Leilões. O catálogo do leilão já está disponivel no http://www.artemaiorleiloes.com.br e os lances já estão abertos.
Foto: TAP
O TAP nasceu sob influência do Grupo Gente Nossa, criado nos anos 1930 por Samuel Campêlo. Após a sua morte, o médico Valdemar de Oliveira assumiu o elenco e anunciou a primeira peça sob nova direção: “Knock ou o Triunfo da Medicina”, de Jules Romains. Era 4 de abril de 1941: no palco do “Nosso Teatro” nascia oficialmente um grupo de atores amadores que mudaria os rumos do gênero no Brasil. Anos mais tarde, essa revolução se consolidaria com o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), o Arena e o Oficina. Em 1977, com a morte de Valdemar Oliveira, o “Nosso Teatro” foi rebatizado em sua homenagem.
Foto: TAP
Como companhia mais relevante do Nordeste, o TAP atraiu alguns dos maiores dramaturgos e atores, entre eles Zbigniew Ziembinski, Jorge Kossowski, Hermilo Borba Filho e Bibi Ferreira. Com convites para se apresentar em todo o Brasil, caíram na estrada e encenaram espetáculos do Acre ao Rio Grande do Sul. Nas apresentações, o sucesso era garantido graças às premiadas atuações de Valdemar, mas também de Reinaldo Oliveira, seu filho e atual presidente do TAP, e de Geninha da Rosa Borges, cofundadora do grupo e grande dama das artes cênicas pernambucanas.
