Marcas internacionais suspendem compra de couro brasileiro
A empresa norte-americana VF Corporation — que é dona das marcas Vans, Kipling e Timberland —, suspendeu o uso de couro brasileiro em pelo menos 18 de suas marcas devido às notícias relacionadas as queimadas na região amazônica com o agronegócio no país, de acordo com o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).
No documento enviado ao CICB, as empresas pedem ao ministério uma atenção especial à situação a qual o setor enfrenta, afirmando que é “inegável a demanda de contenção de danos à imagem do país no mercado externo sobre as questões amazônicas”. Ainda de acordo com o CICB, as marcas não cancelaram os pedidos que já haviam sido feitos, mas não irão fechar novos até que o governo dê uma posição e esclareça o ocorrido.
Mas, segundo nota da VF Corporation, desde 2017 a empresa tenta “empoderar movimentos de estilo de vida ativo e sustentável” em seus negócios, sem fazer menção as queimadas na região amazônica. “Como resultado de um estudo detalhado, não conseguimos assegurar satisfatoriamente que nossos volumes mínimos de couro comprados de produtores brasileiros sigam esse compromisso [de sustentabilidade]. Sendo assim, a VF Corporation e suas marcas decidiram não seguir abastecendo diretamente com couro e curtume do Brasil, os nossos negócios internacionais, até que haja segurança de que os materiais usados em nossos produtos não contribuam para o dano ambiental no país”, justifica a empresa.
