Tradição e história que resgatam memória do Brasil em Minas
Experiência gastronômica no Santuário do Caraça atrai turistas de todo o país a uma experiência que reúne tradição, história e gastronomia com Brocojó, pudim de gabinete, pães, bolos, doces e queijos, que são algumas das opções tradicionais e tipicamente mineiras produzidas no local, que reserva aos seus hóspedes a oportunidade de se alimentar em um refeitório histórico.
As belezas naturais, como os rios, matas e animais raros do Santuário do Caraça chamam a atenção de quem visita o local, situado entre os municípios de Catas Altas e Santa Bárbara, em Minas Gerais. Porém, a sua rica gastronomia também é uma atração à parte, já que os turistas podem se deliciar com o clássico pudim de gabinete, pães, bolos, doces e queijos, que são algumas das iguarias que promovem uma experiência inesquecível ao paladar.
O espetáculo de sabores, texturas e aromas que encantam os turistas, se justifica pelas receitas históricas e únicas do local, como exemplo, o pudim de gabinete, uma receita antiga e tradicional do Santuário que está em um livro raro guardado na nossa biblioteca, datado do ano de 1834. Além de ser uma sobremesa saborosa, chama bastante a atenção, também, pela sua simplicidade, já que é feito com biscoitos champanhe, doce de cidra, doce de banana, mamão em calda e outros ingredientes deliciosos. Uma curiosidade, é que o nome, ‘pudim de gabinete’ veio do armário onde se guardavam os doces nos tempos em que não existia geladeira.
Há um pão que faz parte da história do Santuário do Caraça e que pode ser degustado até hoje no local. E os turistas ainda podem se deliciar com outras variedades da gastronomia do Santuário do Caraça, como o Pão de Ora-pro-nobis e o queijo. “É muito comum as pessoas conhecerem o Ora-pro-nobis como complemento nas refeições do almoço. Mas, no Caraça temos há muitos anos o pão que exibe as folhas verdes rasgadas no meio da massa, com um sabor muito elogiado pelos turistas. Sem falar dos queijos da Fazenda do Engenho, que fazem parte do complexo do Caraça e da história do local.
Para completar o cardápio, pão de queijo, com queijo do Caraça, bolos, quitandas, como os biscoitos de maracujá, café, polvilho e a rosquinha de nata e pães, como o de cacau com ganache de chocolate, castanha e nozes. Uma variedade tipicamente mineira para todos que vierem”, conclui. Sobre o Santuário do Caraça Com mais de 12.000 hectares, a RPPN Santuário do Caraça foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, no ano de 1955, quando passou a fazer parte do rol de bens tombados pela União. Também integra a área destinada às Reservas da Biosfera da Serra do Espinhaço e da Mata Atlântica, reconhecidas pela UNESCO em 2005.
O passado histórico da RPPN – Santuário do Caraça é peculiar, pois uma área excepcional de 12.403 hectares foi mantida em posse de apenas dois proprietários, o Irmão Lourenço de Nossa Senhora e a Congregação da Missão, por mais de 240 anos. A área da Reserva foi constituída pela fusão de quatro propriedades: a original, adquirida pelo Irmão Lourenço por volta de 1770, na qual se acham as edificações principais do Caraça; a Fazenda da Chácara, comprada em 1823, cuja antiga sede não mais existe e que foi, durante muito tempo, o celeiro do Colégio, no antigo caminho de Catas Altas; a Fazenda do Engenho, comprada em 1858, localizada nas proximidades da Portaria de acesso à Reserva; e a Fazenda do Capivari, doada pelo Coronel Manoel Pedro Cotta e por sua esposa, que, por não terem descendentes, legaram sua propriedade ao Caraça em 1870.