Uma rota para curtir um passeio pelo Recife Cultural - Blog Ana Cláudia Thorpe
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Uma rota para curtir um passeio pelo Recife Cultural

Há muito mais à vista pela capital pernambucano do que podemos esperar. A terra dos altos coqueiros também é o polo cultual exultante e, por isso, vale muito a pena desvendar esse lado do Recife cultural, que não se resumem a Olinda e ao Recife Antigo. Os passeios culturais no Recife se estendem ao bairro periférico da Várzea e a Zona Norte recifense, por exemplo, na qual o público pode se render a um belíssimo programa de dia inteiro.

Foto: Divulgação

Este roteiro envolve visitas a Oficina Brennand (do grande ceramista Francisco Brennand, falecido em 2019), ao Instituto Ricardo Brennand (do colecionador Gilberto Brennand, falecido em 2020) e a Fundação Gilberto Freyre (que preserva a casa onde morou o sociólogo), cobrindo três importantes museus privados que podem ser conhecidos de 3ª a 6ª (na 2ª os Brennands estão fechados, e no fim de semana a Fundação Gilberto Freyre não abre).

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O melhor jeito de fazer esse passeio é combinar com um taxista do ponto do seu hotel. O outro jeito é ir de Uber — neste caso, porém, saiba que você pode perder algum tempo até aparecer algum carro nas redondezas dos Brennands (sobretudo da Oficina). Para aproveitar melhor o dia, comece pela Oficina, que sempre abre mais cedo que o Instituto. Ambos museus têm cafeterias para um lanche. No Instituto há também um restaurante, o Castelus.

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Oficina Brennand – Prepare-se para penetrar num laboratório repleto de criaturas míticas e formas delirantes que transpiram erotismo neste museu-ateliê de Francisco Brennand, o maior ceramista brasileiro, falecido em dezembro de 2019. Instalada numa antiga olaria que Brennand recebeu como herança, a Oficina reúne mais de duas mil obras do ceramista.

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Instituto Ricardo Brennand – É a realização de um sonho do seu excêntrico dono, Ricardo Brennand, que é primo de Francisco. Depois de amealhar uma das mais importantes coleções de armaria (armaduras, espadas, punhais, facas) do mundo, Ricardo Brennand construiu um castelo medieval europeu — em pleno trópico — para expor seu tesouro.

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O complexo foi montado em um outro terreno da família, na margem oposta do rio Capibaribe. Em linha reta, os dois museus estão a 1 km de distância. Mas como para ir de um Brennand para o outro é preciso dar uma grande volta até a av. Caxangá, o trajeto entre os museus dá quase 8 km.

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Construiu também uma pinacoteca, onde guarda a maior coleção privada de pinturas de Frans Post, paisagista que retratou o Brasil durante a ocupação holandesa de Pernambuco. Gravuras, cartas, tapeçarias Gobelin e moedas da época do Brasil holandês também fazem parte da exposição. Réplicas de esculturas européias do século XIX (e um Botero autêntico!), dispostas no jardim e nas áreas externas do castelo, completam o acervo.

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Fundação Gilberto Freyre – O casarão, que teve sua última grande reforma em 1881, é conhecida como Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre e fica no sítio em que o sociólogo-escritor-poeta-político-causador viveu com sua mulher Magdalena por mais de 40 anos até morrer.

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Na Fundação Gilberto Freyre, observam-se quadros, livros, móveis e objetos, todos conservados como na época em que viveu ali. A visita, guiada, leva 40 minutos. O script é delicioso, cheio de citações da obra e anedotas da vida de Freyre.

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