A disputa pelos destroços do Titanic traz turbulências nas profundezas - Blog Ana Cláudia Thorpe
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A disputa pelos destroços do Titanic traz turbulências nas profundezas

Os destroços do Titanic, que repousam no fundo do Oceano Atlântico Norte há 111 anos, estão no centro de um debate entre os Estados Unidos e a RMS Titanic Inc., a empresa proprietária do navio. Recentemente, o submarino Titan, da OcenGate, sofreu uma implosão ao tentar visitar o local, reacendendo a discussão sobre o acesso aos destroços.

Em 1985, após a descoberta dos destroços, os EUA buscaram regular o acesso, mas a RMS Titanic Inc. obteve os direitos sobre os itens e o controle das expedições. Uma lei marítima americana considera o descobridor do naufrágio como seu “dono”. Em 2017, um acordo internacional proibiu qualquer atividade que pudesse perturbar o local do naufrágio, a menos que autorizado pelo Secretário de Comércio dos EUA.

A RMS Titanic Inc. se recusa a cumprir o acordo internacional e afirma que tem o direito de conduzir atividades no local sem aprovação de terceiros. Agora, o governo dos EUA busca o poder de aprovar ou negar permissões para expedições à RMS Titanic. O debate promete ser prolongado, especialmente devido ao fato de o naufrágio estar em águas internacionais, podendo até chegar à Suprema Corte.