Kering, a gigante do luxo, expande seu portfólio com tecnologia havaiana da Maui Jim
A Kering, renomada holding francesa do segmento de luxo, surpreendeu o mercado ao adquirir a marca havaiana de óculos, Maui Jim, em 2022. Embora a marca possa não ser amplamente reconhecida além das fronteiras dos Estados Unidos, sua presença no mercado interno é notável, com uma média de três pares de óculos Maui Jim para cada americano.
A estratégia da Kering de investir em uma marca aparentemente fora do radar global reflete uma mudança de foco no mercado de luxo. Enquanto marcas como Yves Saint Laurent e Bottega Veneta abraçam a tendência do “luxo discreto”, a Kering viu potencial na aura descontraída e tecnológica dos óculos Maui Jim.
Um dos pontos altos dos óculos da Maui Jim reside em suas lentes tecnologicamente avançadas. Em um evento realizado em Nova York, executivos brasileiros puderam testemunhar pessoalmente as inovações das lentes Maui Jim, incluindo a tecnologia PolarizedPlus2, que elimina 99,9% do brilho e oferece uma visão clara e nítida.
Essa tecnologia não se limita apenas à polarização, mas também inclui resistência a riscos e arranhões, tratamentos repelentes de água e óleo, além de proteção UV e contra a luz azul. Apesar desses benefícios notáveis, a conscientização sobre os cuidados com os olhos, especialmente em um país ensolarado como o Brasil, ainda é limitada.
A parceria entre a Kering e a Maui Jim é vista como uma via de mão dupla. Enquanto a Kering pode aproveitar a tecnologia das lentes Maui Jim em suas outras marcas de luxo, como a Montblanc, a marca havaiana pode se beneficiar da expertise da Kering em design, qualidade e inovação, bem como de sua capacidade de gerenciamento de marcas de luxo.
Com cerca de 200 pontos de venda no Brasil interessados em comercializar a marca, a chegada dos óculos Maui Jim ao mercado brasileiro está prevista para ocorrer após o evento Expo Ótica, em São Paulo, a partir de 10 de abril. No entanto, a tarefa de educar os consumidores sobre os benefícios além da estética permanece como um desafio, apesar do respaldo da Kering por trás da marca.
* Com informações apuradas por Júlia Storch e publicadas originalmente na Exame Casual em 26 de março