Após declínio de 13%, Bitcoin registra maior queda de 2021
Após ser emitido pelo Conselho de Estado da China uma nota sobre uma discussão que visava reprimir a mineração e negociação da criptomoeda no país, o Bitcoin, criptomoeda descentralizada e caracterizada como um dinheiro eletrônico para transações ponto-a-ponto, registrou uma intensa queda neste domingo, 23 de maio.
Com um declínio de 13%, a criptomoeda perdeu US$ 4.899,54, cerca de R$ 24 mil, atingindo US$ 32,601, cerca de R$ 174 mil, acumulando o recuo de quase 50% desde o pico atingido este ano. De acordo com a própria China, o que justifica a atitude tomada é a alta volatilidade da moeda, variável que representa a intensidade e a frequência das movimentações do valor de determinado ativo em um certo período de tempo.
A atitude, entretanto, afetou não apenas o Bitcoin, mas todo o mercado de criptomoedas, tendo em vista que os ativos deste segmento registraram quedas de 7% a 22% na última sexta-feira, e o governo Chinês ressaltou que as instituições financeiras devem evitar oferecer serviços atrelados a esses ativos.
De acordo com o colunista do UOL, César Esperandio, a queda da criptomoeda também é consequência de dois outros principais gatilhos, sendo o primeiro a fala do CEO da Tesla, Elon Musk, que em março anunciou que sua empresa aceitaria Bitcoins como forma de pagamento, mas pouco tempo depois voltou atrás em sua decisão, e o segundo foi a exigência dos relatórios de negociação dos criptoativos acima de US$ 10 mil exigido pelo governo dos Estados Unidos, como uma tentativa de mais regulação.
Porém, segundo o chefe de pesquisa da corretora Enigma Securities, Joseph Edwards, a tendência é esperar alguma estabilização na próxima semana, o que se deve traduzir em um novo pico, e embora ainda esteja em tendência de queda, o Bitcoin recupera-se gradativamente dos últimos eventos.