Theatro Municipal mostra periferia como realizadora de novo modernismo em centenário da Semana de Arte Moderna de 22 - Blog Ana Cláudia Thorpe
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Theatro Municipal mostra periferia como realizadora de novo modernismo em centenário da Semana de Arte Moderna de 22

São Paulo inicia comemorações da Semana de Arte Moderna de 22, um dos eventos mais representativos da capital, que completa o primeiro centenário no dia 13 de fevereiro. Contudo, para marcar a importante data, no lugar dos intelectuais que protagonizaram o movimento, o Theatro Municipal de São Paulo abre espaço para mostrar a periferia como realizadora do “novo modernismo”.

Foto: Divulgação

O lançamento ocorre em meio à comemoração dos 468 anos da cidade de São Paulo e terá como um dos palcos principais, claro, o tradicional Theatro Municipal de São Paulo que estará presente nas festividades do centenário, juntamente com outros palcos espalhados pela periferia da cidade. A intenção é fazer o público frequentador do centro da capital paulista conhecer os artistas das regiões mais afastadas, uma periferia pujante que não usa a academia para desenvolver cultura, e vice-versa.

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E por isso o Theatro Municipal celebrará em 2022 os 100 anos da Semana de Arte Moderna com uma programação que reúne artistas que estão hoje renovando o ambiente artístico da época e valorizando a cultura de várias formas. De 10 a 17 de fevereiro, o Municipal contará com apresentações da Orquestra Sinfônica Municipal, Coral Paulistano, Quarteto de Cordas e Balé da Cidade, concertos, apresentações de dança, ciclo de encontros, shows, sarau, espetáculos teatrais e expedições e diversas atividades.

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No dia 10, por exemplo, a celebração começa com a instalação artística Recostura, da artivista Chris Tigra, que ficará na fachada principal do Theatro até dia 10 de março. Na parte da tarde, terá início um ciclo de encontros, com a mesa  Faltas, Fendas e Forças da Semana de 22. E também uma apresentação do Coral Paulistano, trazendo um repertório de Música Coral Brasileira, sob a regência de Maíra Ferreira. E na sexta-feira, dia 11, haverá o show da Dona Onete e do Dj Ju Salty, na Praça das Artes.

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No dia 12, o público também poderá participar da Expedição Modernista, inspirada na Missão de Pesquisas de Mário de Andrade. Nela, os participantes caminharão pelo centro fazendo paradas em três equipamentos culturais: Casa da Imagem, Biblioteca Mário de Andrade e Theatro Municipal. O objetivo é experimentar o convívio e o fazer artístico, além de atualizar a memória sobre a Semana de 22, propondo diferentes maneiras de olhar a cidade, sua ocupação e sua história. Também em formato digital, o complexo cultural está preparando a publicação de um Índice de Fontes Documentais – As celebrações da Semana de Arte Moderna no Theatro Municipal de São Paulo.

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Dias 12 e 13, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo realiza duas apresentações com um programa completo de Heitor Villa-Lobos. Villa Total: parte I será apresentado às 16h30, também com o  Coral Paulistano e com a soprano Raquel Paulin; e às 20h, o grupo retorna ao palco para apresentar Villa Total: parte II. Ainda no dia 13, às 11h, é vez da Orquestra Experimental de Repertório celebrar o centenário com obras de Gnatalli e Villa-Lobos com regência de Jamil Maluf e participação especial de Daniel Murray. O Balé da Cidade também não fica de fora da homenagem e apresentará nos dias 16 e 17 a obra inédita Muiraquitã, com coreografia de Allan Falieri.

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O Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, criado pelo próprio Mário de Andrade, apresenta o programa Identidade Brasileira, interpretando Quarteto de cordas nº 3, de Villa-Lobos, e Quarteto nº 2, de Camargo Guarnieri. Com diversas formações até 2022, o corpo artístico é fruto do que ocorreu em 1922.

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Durante o ciclo de encontros, o Theatro trará convidados para refletir sobre patrimônio e acervo em vistas do centenário. Na segunda-feira, o complexo reúne os principais saraus da cidade de São Paulo para se apresentarem em seu palco, com o Rappin´Hood como mestre de cerimônias. Já a Praça das Artes se abre para o improviso, com a participação de várias linguagens artísticas como dança, teatro, poesia e discotecagem no espetáculo Esta Noite Se Improvisa!, apresentado pelo MC Max BO, no dia 15. A programação de saraus e improvisos terá sequência mensal, a partir de abril, na Praça das Artes.

Parte da programação dos 100 anos da Semana de Arte Moderna já está disponível e pode ser conferida no link: http://22mais100.prefeitura.sp.gov.br

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