Conheça os sabores e experiências da Casa do Saulo - Blog Ana Cláudia Thorpe
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Conheça os sabores e experiências da Casa do Saulo

Um negócio aliada ao turismo consciente promete uma culinária diferenciada que traz a riqueza do rio Amazonas: é a Casa do Saulo, que é um mergulho na culinária tapajônica e paraense às margens do rio Tapajós, com restaurante e hospedagem na selva. Constituído pelo Chef Saulo Jennings, que é natural de Santarém. Filho de uma costureira e de um eletricista, ele mergulhou em suas origens para criar uma experiência únicas numa área ecologicamente exemplar – próxima de paias, de rios e da floresta da Amazônia -, que é rica em variedade de peixes e frutas.

Sua gastronomia diferenciada, que é aliada ao turismo consciente, onde comunidades tradicionais estão trabalhando para uma governança sustentável, contempla um universo turístico que é literalmente pé no chão, pois há luxo real a ser encontrado. E o chef, empresário e acima de tudo ativista Saulo Jennings é permite um mergulhar no seu mundo – e no rio que o criou – e também que as pessoas compreendam a região, que atrai cada vez mais turistas do Brasil e de vários outros cantos do mundo.

Nascido na área, ele cresceu às margens do rio Tapajós como ” um menino do rio”, que conseguiu expor os diferenciais da região para fora, comandando hoje quatro restaurantes, dos quais três são no Pará e um no Rio de Janeiro, um hotel de selva com bangalôs e dois barcos navegando nas águas da região para oferecer turismo imersivo.

Desde os primórdios o ativismo sempre esteve conectado com o Chef que, numa jornada de sucesso, levou aos poucos a culinária tapaion (que ele mesmo criou) para o resto do Brasil. A comida influenciou sua vida desde cedo a partir dos pratos que eram preparados pela mãe, e o paladar aguçado foi moldado pelo pai, que adorava cozinhar para os amigos. Foi assim que o Chef Saulo Jennings trabalha no manejo sustentável do pirarucu e desenvolve cooperação com as comunidades locais em benefício das pessoas e do meio ambiente.

Em 2009 nasceu no meio da mata a Casa do Saulo, numa área de difícil acesso e com pouca energia elétrica, em um modesto restaurante que tinha 20 lugares. Hoje, o restaurante tem mais de 300 lugares, é parada obrigatória na região e se tornou um símbolo da culinária tapajônica. E um dos pratos mais famosos é o que tem o mesmo nome do restaurante, ‘Casa de Saulo’ que inclui pirarucu, molho de castanha do Pará, banana da terra e camarão; Arroz de pato  tucupi e jambu e moqueca também são opções.

Por estar fora do centro da cidade, é um bom lugar para passar o dia: tem horta e piscina, e umas escadas nos levam direto para a beira do rio, onde algumas casas de madeira dão ainda mais charme. Antes ou depois de uma refeição, pisar na areia branca da praia e sentir a água nos pés é um convite imperdível e refrescante. Mas, além desse estabelecimento em Santarém, vale destacar em Belém, capital do estado, outros dois restaurantes, ambos um pouco mais novos: a Casa do Saulo Onze Janelas, que está localizada no casarão histórico de mesmo nome, datado do século XVIII, às margens do rio Guamá; e a Casa do Saulo Quinta das Pedras foi inaugurada em 2021 e está localizada no Hotel Atrium Quinta das Pedras, que também é um casarão histórico do século XVIII.

O primeiro funciona hoje em um local de museu e divide as paredes com um restaurante. O cardápio traz peixes preparados pelo Tapajós e chef local. O salão interior é todo em pedra, e o exterior também oferece bons momentos nas mesas ribeirinhas, que ganham magia extra ao pôr-do-sol. Já o segundo está localizado na região da Cidade Velha, próximo ao Mangal das Garças, ponto turístico da capital,  serve mais algumas das  conhecidas iguarias do chef.

Recentemente, no ano passado, a tradicional culinária jônica rompeu fronteiras e aterrissou na Cidade Maravilhosa, bem no meio do Museu do Amanhã. A unidade do Rio de Janeiro recebe entregas semanais  de Santarém, que incluem, por exemplo, pirarucua, tambaquia, feijão Santarémi para  o cardápio da casa.  Como nas demais unidades, o cardápio inclui a simbólica mistura tapajônica de dadinho de tapioca com geleia de cupuaçu, bolinho de piracuí com maionese de pirarucu defumado e iscas com geleia de açaí e bacon; e Pirarucu ao molho de castanha do Pará e coxa de pato com arroz de caldo e chips de jambu de pato desfiado.