Museu da Língua Portuguesa mostra “Sonhei em Português” sobre imigrações no século XXI

Exposição no Museu da Língua Portuguesa traz obras sobre imigrações atuais, intitulada “Sonhei em Português”, que reúne dez vídeos e instalações sobre o tema. A mostra fica aberta até junho e escolhe como foco os idiomas que se transformam no vai e vem de gente, dentro do tema das imigrações no século XXI.

Apesar do espaço escurinho que impõe outro ritmo, é possível ver com nitidez as obras dentro no MLP, que se apresentam em estado bem menos agitado que os arredores da Estação da Luz, onde fica o espaço expositivo. Uma das obras que chamam a atenção é Alfabetos (2021), de Marcelo Ferraz e Gustavo Tanaka, que criaram uma espécie de aquário, de 8 metros quadrados de área, com paredes de placas de vidro.

Nessa estrutura, pendem fios de aço, nos quais se enfileiram e se misturam letras, feitas de MDF, de diferentes alfabetos, como o latino, o híndi e o hebraico. Com isso, a obra parece uma chuva de alfabetos, que busca mostrar quão ricas são essas trocas que acontecem a partir dos processos de imigração.

Funcionando até o dia 12 de junho, a exposição também conta com a instalação Travessia (2021), de Leandro Lima, que é uma traquitana eletrônica, com madeira e luzes de LED, que ao se mexer nos remete aos movimentos de imigrantes pelos mares, que ainda acontecem na crise atual de refugiados.

O Museu da Língua Portuguesa funciona das 9h às 16h30, de terça a domingo (fecha seg.) e fica na Praça da Luz, s/n, portão 1, centro. Informações: 4470-1515 ou museudalinguaportuguesa.org.br. Entrada por R$ 20,00.